BURNOUT: UM PROBLEMA MUNDIAL.
- theisssc
- 8 de abr.
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Atualizado: 22 de abr.

O burnout, também conhecido como síndrome do esgotamento profissional, é uma condição psicológica que resulta do estresse crônico no ambiente de trabalho. Caracteriza-se por três dimensões principais: exaustão emocional, despersonalização e redução da realização pessoal. Nos últimos anos, o burnout tem se tornado uma preocupação crescente em todo o mundo, afetando trabalhadores de diversas áreas e setores.
Estudos recentes indicam que cerca de 30% dos trabalhadores em todo o mundo relatam sintomas de burnout. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o burnout foi oficialmente reconhecido como um fenômeno ocupacional em 2019, o que destaca a importância de abordar essa questão de saúde mental no ambiente de trabalho. A prevalência do burnout varia entre os países, com algumas nações enfrentando desafios mais significativos.
Nos Estados Unidos, por exemplo, uma pesquisa realizada pela Gallup revelou que 76% dos trabalhadores experimentam pelo menos algum nível de burnout em seu trabalho, com 28% relatando que estão "muito" ou "extremamente" estressados. Na Europa, a situação não é muito diferente. Um estudo da Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (EU-OSHA) mostrou que cerca de 22% dos trabalhadores europeus se sentem frequentemente estressados, e o burnout é uma das principais causas de afastamento do trabalho.
Entre os países com maiores problemas relacionados ao burnout, destacam-se Japão, Coréia do Sul e Brasil. No Japão, o termo "karoshi", que significa "morte por excesso de trabalho", reflete a gravidade da situação. Estima-se que cerca de 1.000 trabalhadores japoneses morram anualmente devido a condições relacionadas ao estresse e ao burnout. Na Coréia do Sul, a pressão intensa para ter sucesso no trabalho tem levado a um aumento alarmante de casos de burnout, especialmente entre os jovens profissionais.
No Brasil, a situação é igualmente preocupante. Um estudo realizado pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) revelou que 32% dos trabalhadores brasileiros apresentam sintomas de burnout, com taxas mais elevadas entre profissionais da saúde e da educação. A pandemia de COVID-19 exacerbou ainda mais essa situação, com muitos trabalhadores enfrentando uma carga de trabalho aumentada e a dificuldade de equilibrar a vida profissional e pessoal.
Além dos impactos individuais, o burnout também traz consequências significativas para as organizações. Empresas que não abordam o bem-estar mental de seus funcionários podem enfrentar aumento de absenteísmo, diminuição da produtividade e maior rotatividade de pessoal. Portanto, é fundamental que as empresas adotem políticas de saúde mental, promovam um ambiente de trabalho saudável e ofereçam suporte aos seus colaboradores.
O burnout é uma questão global que afeta milhões de trabalhadores em todo o mundo. Compreender suas causas e consequências é essencial para desenvolver estratégias eficazes de prevenção e intervenção. A conscientização sobre a saúde mental no ambiente de trabalho deve ser uma prioridade para governos, empresas e sociedade como um todo, a fim de garantir um futuro mais saudável e produtivo para todos.
Ronaldo César Theiss falecom@lapidando.com.br
Escritor, Pós-graduado em Recursos Humanos, Practitioner PNL , Coach Pessoal e Profissional, Analista DISC, Especialista em T&D. Atuei em grandes empresas e também no SEBRAE-SC. O foco de meus trabalhos estão voltados para palestras, convenções de vendas para empresas, cursos de comunicação e oratória e atendimentos através do Coaching Pessoal e profissional, nos módulos presenciais e on-line.
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